Leitura do dia: Jó, Capítulo 23

Publicado em 20/06/2014

 

A resposta de Jó aos questionamentos de Elifaz, apresentados no capítulo anterior, é, primeiramente, uma queixa triste, uma lamentação: há nele uma revolta interior, pelo fato de viver a gravidade do sofrimento, sem compreender sua razão.

Jó não se conforma com os representantes oficiais da religião que, como esses amigos, se apoiam numa doutrina tradicional e rotineira. Jó quer um confronto sincero e direto com Deus (3); está convencido de sua inocência, por isso quer uma chance de comparecer pessoalmente diante de Deus para expor seus argumentos (4) e ouvir as “razões” de Deus, mas não consegue encontrá-Lo (8-9).

Jó confia em Deus e na sua justiça, mas sabe que Deus é livre para tomar as decisões e agir como quiser. Diante disso Jó se apavora e afirma preferir “desaparecer nas trevas”, ou seja, prefere morrer.

Também nós, muitas vezes, não compreendemos porque Deus permite que aconteçam tatás injustiças, tantas barbaridades, tanto sofrimento à nossa volta ou conosco mesmo. O livro de Jó nos ensina, primeiramente, que devemos nos apresentar a Deus com sinceridade de coração e não com fingimentos, devemos enfrentar com coragem e determinação aqueles que questionam nossa fé, e devemos aprender a aceitar os silêncios e/ou as ausências de Deus com persistência e confiantes na Sua justiça.