Continua o profeta Amós, corajosamente, a denunciar o pecado de Israel.
Neste capítulo 4 o foco do profeta está, primeiramente, nas ricas senhoras da sociedade que vivem no luxo e na riqueza, sem qualquer preocupação com os pobres e indigentes. Por correlação com o termo “Touro” que era entendido como um título honorífico dos chefes, Amós chama estas mulheres de “vacas de Basã”, ou seja, as esposas dos “touros” que moravam em Basã – saber disso reduz, em parte a agressividade do tratamento, embora continue claro a revolta do profeta diante da injustiça social: por que uns com tanto e outros com tão pouco?
A seguir o profeta apresenta cinco advertências que fazem lembras as pragas do Egito e outras situações que o povo já tinha enfrentado e a conseqüente reação: “mas não vos convertestes a mim” (v. 6, 8, 9, 10 e 11). Amós, quer, enfaticamente, despertar a consciência destes pecadores e provocar uma mudança: a conversão ao Senhor.
Hoje cabe a nós, em nome de Deus, levantar o protesto contra a corrupção política, as injustiças sociais e os incentivos à riqueza desmedida que impossibilitam vida digna com saúde, educação e moradia para todos. Não adianta só rezar e participar das missas dominicais. É preciso ser solidário aos mais necessitados.