À noite, diante da ausência do amado, a amada sai, ansiosamente, à sua procura e só descansa quando alcança sua busca: “encontrei o amado de minha alma” (4)... são palavras que provém do mais íntimo de seu ser! Que exclamação pura, sincera, tão plena de um amor profundo!
E o capítulo prossegue com o canto das núpcias no dia do casamento: incenso no ar, a noiva transportada numa liteira como uma rainha, o cortejo, o noivo comparado ao rei Salomão e o convite às moças para contemplação da cerimônia. Alguns exegetas comparam este capítulo, em vários aspectos, com a descrição do casamento real apresentado no Salmo 45(44).
Nos dias de hoje vemos acontecer muitos casamentos fundamentados mais na atração sexual do que na partilha de almas e na construção de um amor profundo. O livro dos Cânticos deve nos levar a contemplar o amor, sob a ótica de Deus, e refletir sobre o que precisamos complementar em nosso relacionamento diário.