Neste capitulo sobre o carneiro e o bode o autor demonstra sua parte apocalíptica e fantasiosa, como visto no versículo três, “Dei com os olhos num carneiro postado diante do rio. Tinha chifres autos, mas um era mais alto que o outro, só que esse mais alto tinha crescido depois” (3). Os chifres desse carneiro estão relacionados com os reis da Média e da Pérsia, “O carneiro que viste com dois chifres são os reis dos medos e dos persas” (20). Então, segundo o autor, Daniel viu surgir no poente um bode com apenas um chifre, “Eu estava refletindo sobre isso, quando apareceu um bode que vinha do ocidente, sobrevoando o mundo inteiro sem ao menos tocar o chão. Tinha um chifre bem visível, exatamente no meio, entre os olhos” (5). Esse bode faz referência ao rei da Grécia e o grande chifre com Alexandre Magno, “O bode é o rei da Grécia e o chifre enorme que tinha entre os olhos é o primeiro rei” (21). Em seguida surgiram outros reis e dentre esses um espertalhão, “Por causa de sua esperteza, a desonestidade terá sucesso através dele. Vai se engrandecer aos próprios olhos, destruindo tranquilamente muita gente. Até contra o Chefe dos chefes vai se colocar, mas, sem ninguém fazer nada, ele será destruído” (25). Podemos entender neste capitulo que a busca excessiva pelos bens materiais algumas vezes podem favorecer o nosso distanciamento de Deus, portanto devemos valorizar sim as coisas de Deus que não são passageiras, “Não ajuntais tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam” (Mt 6, 20.21).