O texto nos mostra que além das coisas eternamente estabelecidas por Deus, toda a agitação humana é mera ilusão, fascinante mas passageira.
A reflexão inicial deste capítulo é a benção patriarcal, que marca a origem do mundo: uma vida longa cheia de filhos, como os patriarcas bíblicos tiveram. Ainda hoje, a maioria das pessoas tem esse desejo de viver bastante e poder ver a casa com filhos, netos e bisnetos.
Mas de nada adianta ter tudo na vida, se não pudermos comer, por exemplo, talvez em função de uma doença grave. De nada adianta, também, alguém gerar 100 filhos, se a sua alma permanece insaciável e incompleta. E ao final do verso 3, se faz uma comparação extremamente negativa: "um aborto é mais feliz que ele".
É preciso trabalhar para comer, mas o apetite nunca é satisfeito completamente. O que comemos no almoço não nos sustenta no jantar, e muito menos no dia seguinte. O estômago é um eterno insatisfeito, como é a cobiça que também nunca se satisfaz, quanto mais se tem mais se quer.