A lei decreta pena de morte para adúlteros - “Se alguém cometer adultério com a mulher do seu próximo, os dois adúlteros serão réus de morte” (Lv 20,10). Essa pena de morte deveria ser por lapidação (apedrejamento). No plano espiritual, apresenta Deus, esposo que perdoa e reconcilia consigo a mulher infiel: Samaria (Os 2), Jerusalém (Is 1, 21-26) e também cada um de nós pecadores.
Os fariseus ali presentes gostariam de ver Jesus julgando de forma errônea, para poder condená-lo. Da sua atitude serena e majestosa – com o dedo começou a escrever no chão - se desprende uma força que desmascara - “colocaste nossos segredos ante a luz do teu olhar” (Sl 90,8).
Muitas vezes em nossa vida queremos ser juízes dos nossos irmãos, julgando-os sem certeza dos fatos e quando as tem, aí sim, lapidamos sem dó nem compaixão. Jesus nos convida para refletirmos sobre nossos julgamentos, das pessoas e de situações, e “quem de vós estiver sem pecado atire a primeira pedra” (Jo 8,7b).