Cumpre-se a promessa: nasceu o Salvador, o Cristo Senhor! (11). Veio na humildade e simplicidade. Por nós tornou-se pobre, para nos enriquecer com sua pobreza (2Cor 8,9). Deus divino vem se revelar humano aos mortais, com feições de uma criança. E não tinha lugar pra Ele nascer.
Ainda hoje, de alguma forma, a humanidade espera Deus. Mas quando chega o momento não tem lugar pra Ele. Vivemos tão absortos e ocupados conosco mesmos, que sentimos necessidade de preencher todo o tempo e espaço com nossas próprias coisas e não resta nada para Deus, nem para o outro. E quanto mais temos, mais nos auto suprimos.
Hoje, porém, o Senhor nos convida a nos esvaziarmos de nós mesmos e fazer do nosso coração uma manjedoura, um lugar em que possa repousar. Que nosso âmago se cale para receber a Luz das luzes e escutar o que o Espírito tem a nos dizer. Façamos como Maria, que meditava e guardava tudo em seu coração. (19)
Neste momento em que o céu abraça a terra, demos “Glória a Deus nos mais alto dos céus e na terra paz aos homens do seu agrado!”(14) e clamemos: Vem Senhor Jesus! Vem abrigar minh’alma sedenta de ti. Sou pobre, fraca e pecadora. Recorro a ti para que olhes a miséria da tua serva e se compadeça dela. Para que me mantenhas forte na tribulação, perseverante e altruísta. Vem aquecer-te na minha humanidade e reacender o fogo do teu Espírito, para que seja permanentemente canal da tua graça e do teu infinito amor. Amo-te Pai! Obrigada!