Leitura do dia: Gênese, Capítulo 11

Publicado em 06/07/2012

   

Neste capítulo  destacam-se duas mensagens distintas: a primeira, bem mais famosa, trata da construção da Torre de Babel, quando o homem quer escalar o céu – não para encontrar-se com Deus mas sim para subjugá-Lo -  e a segunda quando o autor, deixando de lado a humanidade dispersa e plural, concentra-se na genealogia de Abrão-Abraão (cujas idades citadas não correspondem à cronologia de nosso calendário atual), apresentando-a como a porta de entrada da história do povo eleito. 

Assim o capítulo 11 conclui o relato dos “primeiros tempos” e entra, na costumeiramente chamada, História da Salvação. À insolência e soberba da humanidade,  Deus responde com a confusão das línguas, e esta “maldição”  vai perpetuar-se até o Dia de Pentecostes quando, apesar de estarem reunidas pessoas de diferentes nacionalidades,  pelo poder do Espírito Santo, “todos escutavam as maravilhas de Deus em sua própria língua” (At 2, 11). Só o amor é capaz de unificar, reunir e agregar.

Hoje vivemos em numa nova Torre de Babel. A teimosia e arrogância do ser humano que “quer ser Deus”, que deseja independer de Deus, ainda persiste e as conseqüências dessa atitudes estão diante de nossos olhos: corrupção, drogas, violência, fanatismos, desordem coletiva, desajustes emocionais, solidão, ...  

Oremos nós ao Pai, pedindo, com humildade, que envie o Seu Espírito Santo e renove a face da Terra, para que assim possa ser alcançado o desejo de Jesus: “que todos sejam um...” (Jo 17, 21)