Neste trecho da Palavra, podemos observar aspectos importantes do relacionamento dos homens entre si e do homem com Deus.
Na primeira parte deste capítulo, quando Abraão acolhe os peregrinos sem saber que eram anjos enviados por Deus (vers. 1 a 8), observarmos o dom da hospitalidade. Através deste dom, Deus reafirma sua promessa a Abraão: “Pois Abraão virá a ser uma nação grande e forte, e nele serão abençoadas todas as nações da terra. 19. De fato, eu o escolhi para que ensine seus filhos e sua casa a guardarem os caminhos do SENHOR, praticando a justiça e o direito, a fim de que o SENHOR cumpra a respeito de Abraão o que lhe prometeu.” (Gn 18, 18-19).
Na carta aos hebreus, a Palavra confirma a necessidade de sermos hospitaleiros como gesto de amor fraterno, citando justamente este capítulo do Gênesis: “Não descuideis da hospitalidade; pois, graças a ela, alguns hospedaram anjos, sem o perceber.” (Heb 13, 2).
Já na segunda parte, vemos a intercessão de Abraão pela cidade de Sodoma (vers. 17 a 33). Uma leitura mais atenta nos indica a profundidade da sua oração a Deus, pois ele não se limita a pedir a salvação aos inocentes, mas pede pela cidade inteira. Com isso, ele entra no coração de Deus, que é rico em misericórdia e que possui uma justiça diferente da justiça do homem. Ora, a vontade de Deus não é o pecado e suas consequências, mas a conversão do pecador.
Por estes episódios da vida de Abraão encontramos também a vontade de Deus a nosso respeito. Assim como Abraão, somos eleitos e escolhidos para fazer chegar a salvação aos que estão ao nosso redor. Deus nos pede para desenvolvermos o dom da hospitalidade com todos aqueles que nos procuram, seja na nossa casa, seja na nossa comunidade.
Além disso, Deus pede a nossa oração de intercessão. Clamemos a Deus a graça da conversão de todos com os quais convivemos, principalmente aqueles que mais amamos.