Na leitura deste capítulo destacam-se, pelo número de vezes que são citados, os relatos sobre:
a) A infidelidade dos reis de Israel e de Judá, pois “faziam o que é mau aos olhos do Senhor” (v. 9, 18, 24 e 28) e mesmo aqueles que fizeram o que era agradável ao Senhor (Azarias, também chamado pelo nome de Ozias, v. 3 e Joatão v. 34) obedeceram parcialmente às ordens de Deus, porque não demoliram os lugares altos, permitindo assim que o povo continuasse “sacrificando e queimando perfumes” (v. 4b e v. 35) nestes locais – que representavam a oferenda a outros deuses.
b) Todos os reis citados neste capítulo foram “feridos e mortos”, sendo que apenas Azarias foi ferido pelo Senhor (v. 5) e morreu naturalmente (v. 7); os demais foram assassinados: Zacarias (v. 10), Selum (v. 14), Facéias (v. 25) e Facéia (v. 30) e o trono foi ocupado pelos seus próprios assassinos.
Mais uma vez os autores bíblicos chamam a atenção para a corrupção do poder. Como é difícil manter-se fiel a Deus quando se detém o poder a autoridade sobre os demais! Mas não é impossível. Três reis, dentre os 41 reis de Israel e Judá conseguiram esta virtude: Davi, Josias e Ezequias – somente esses três; todos os demais deixaram-se inebriar pela fama e pelo poder centralizado em sua pessoa. E a conseqüência disso foi a destruição de ambos os Reinos e o exílio do povo de Deus.
Que esta leitura nos leve a refletir (especialmente neste Tempo de Quaresma) o quanto estamos comprometidos com o Reino de Deus. Se permanecermos no pecado, fazendo o que é mau aos olhos do Senhor, também nós acabaremos sendo destruídos, pois a salvação está no Nome de Jesus e a vitória da vida eterna está reservada àqueles que Lhe forem fiéis.