O livro de Juízes é um prosseguimento do livro de Josué quanto à narrativa da tomada de posse da Terra Prometida pelos israelitas. Josué tinha falecido e a conquista da terra era agora assumida pelas tribos que tinham adquirido o direito à Terra.
Logo de início o autor dá supremacia à tribo de Judá, a tribo a qual pertencera o grande rei Davi; alguns historiadores bíblicos atribuem isto ao fato do texto ter sido escrito no cativeiro da Babilônia, época em que o povo recordava o tempo áureo e esplendoroso das inúmeras vitórias de Davi sobre as nações vizinhas.
Na continuidade do texto, a liderança dos combates vai passando para outras tribos, mas a desobediência a Deus é constante em várias dessas tribos: “não expulsaram os habitantes” (v. 21. 27. 29. 30-33. 35) embora os tenham obrigado a prestarem “trabalhos forçados”.
Convivendo com essas nações pagãs o povo de Deus foi sendo influenciado por seus costumes e crenças em vários deuses, enfraqueceram-se em sua fé e fidelidade ao Deus único e as conseqüências vieram ao longo do tempo acabando no cativeiro citado acima.
Também nós hoje, quando fazemos concessões às ordens de Deus, interpretando-as conforme nos seja mais favorável, enfraquecemos diante das adversidades do dia-a-dia, tornamo-nos menos atentos às palavras e atitudes que são do desagrado de Deus e criamos oportunidades para que o mal se estabeleça em nós, à nossa volta e no mundo. As conseqüências estão aí nas páginas dos jornais e nos noticiários... cidades caóticas e violentas, comunidades sem valores morais, éticos e religiosos...