Começamos hoje o livro do Levítico, terceiro livro do Pentateuco. O livro deve seu nome aos levitas – os “filhos de Levi”-, que dedicavam sua vida à organização do culto. As instruções para o culto são postas na boca de Moisés, mas a redação final do livro é bem mais recente, do século 5o aC, quando os judeus voltaram do exílio babilônico. O livro recolhe, todavia, as tradições sacerdotais antigas, sobretudo do santuário de Davi e do templo de Salomão.
O conceito central do livro é a santidade. Assim como Deus é santo, seu povo tem que ser santo também. Dessa forma, Israel procura honrá-lo com o culto mais perfeito possível (pureza ritual) e servi-lo com a máxima fidelidade (pureza moral).
Neste primeiro capítulo, o autor orienta como deverá ser o ritual dos sacrifícios. Se a oferta fosse de gado bovino, deveria ser macho sem defeito (v. 3), ser morto pelo sacerdote diante de Deus e seu sangue derramado em torno do altar (v. 5). Dessa forma, o sacrifício se torna um holocausto, uma oferta queimada, de suave odor, para o Senhor (v. 9).
Diante desta Palavra, olhemos para Jesus, ao mesmo tempo verdadeiro altar, sacerdote e sacríficio. Ele superou todos os ritos e sacrifícios da Antiga Lei e renova seu sacrifício para nós em toda celebração eucarística.