O capítulo 25 faz parte de uma coletânea de leis provavelmente escrita antes do exílio. Podemos dividi-lo nas seguintes partes:
Descanso para a terra: nos versiculos de 1 a 7 Deus determina o descanso da terra no sétimo ano. Isso nos mostra que Deus é o único proprietário das terras, as quais são dadas, igualmente, para todos. Há tambem uma mnesagem de cunho ecológico, pois o descanso representa o ciclo natureza.
O ano de jubilio vem anunciado pelo toque da trombeta. Em hebraico, trombeta significa jobel, o que justifica o nome jubileu. Essa norma parece prever a recuperação das propriedades para os judeus que voltam do exílio na Babilônia.
O texto segue demonstrando a providencia de Deus e do homem (v 18-22). Ao povo Deus determina que nada seja semeado no setimo ano, porém lhes dará a sua bênção no sexto ano, fazendo com que todo o trabalho árduo daqueles que cultivam gere uma safra para três anos. Assim, temos a providência de Deus, que estará presente se o homem fizer a sua parte, que é um trabalho mais árduo no sexto ano.
Como a terra é propiedade exclusiva de Deus, todos têm o direito de usufruir desse dom. Assim, evita-se a formação de latifúndios e, principalmente, o surgimento de desigualdade social.
As regras relativas àqueles que estão em má situação financeira são verdadeiras leis de solidariedade, pois coibe que o mais favorecido aproveite-se da miseria do outro. No v. 38 há a síntese de tudo: quem foi libertado por Deus não pode ser escravizado por ninguém.
No final do capitulo parece haver uma diferença entre Israel e as outras nações, pois só o povo de Israel é considerado como povo de Deus.
Com a vinda de Jesus Cristo ao mundo, essa realidade mudou, pois é o próprio Cristo que anuncia a boa nova de que o Reino de Deus é para todos, para todos aqueles que respeitam o Pai, seguem seus mandamentos e praticam caridade aos irmãos mais necessitados.