Leitura do dia: Levítico, Capítulo 6

Publicado em 05/11/2014

 

Neste capítulo observamos a organização minuciosa do culto, os direitos e deveres dos sacerdotes sobre a lei do holocausto (lei sobre o fogo). Aqui estão dispostas as normas para as diversas classes de sacrifícios: a oferta vegetal (oblação), o sacrifício expiatório, o penitencial e os de comunhão. 

Naquela época, fazer fogo não era tarefa nada fácil: precisava-se manter algum fogo ou tição. E o fato de estar encomendado a um sacerdote indicava que não era um fogo qualquer, mas um “fogo sagrado”. O Holocausto devia queimar a noite toda e “deverá arder sem se apagar” (v.5).

O culto era oferecer animais como sacrifício a Deus, mas Pedro em sua epístola nos conclama a oferecer nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12,1). E através do nosso Batismo também somos sacerdotes, somos a oferta e o ofertante. Sou eu quem devo queimar sobre o altar do Senhor. 

No entanto, a correria da vida, o stress, as milhões de atividades nas quais nos envolvemos nos impedem de ter uma experiência mais profunda com o Pai. “É um fogo que há de arder sobre o altar continuamente sem se apagar” (v.6). Há quanto tempo não ardemos de amor? Como está nosso fogo, ou as brasas, quem sabe as cinzas? Ao revolvê-las decerto sairá faíscas. Falamos muito, oramos pouco e fazemos menos ainda. Lembremo-nos da noite no Getsêmani: “Nem sequer pudeste vigiar uma hora comigo?” É na oração que somos renovados e abastecidos diariamente. É n’Ele que acendemos a lenha para nosso fogo arder.