Oséias em sua pregação demonstra a corrupção que afeta Israel e contamina todos: reis, sacerdotes e responsáveis pela política. Em face disto, denuncia o pecado da idolatria, que chama de prostituição e que não consiste somente em adorar imagens, mas também em fazer alianças com potências estrangeiras, que geram dependência, exploração e opressão (v.8-12).
Interessante observar, que Oséias dá ênfase ao pecado que se manifesta na falta de justiça, do direito e da verdade. Realidades estas, que são a base das relações na comunidade. Exorta o povo a uma religião transformadora e não alienada.
Como Israel, nos deixamos prostituir muitas vezes. Idolatramos o trabalho, o dinheiro, o poder, os filhos, o status quo. Fazemos alianças com quem pratica a injustiça e explora o povo. Nos calamos, nos omitimos e ainda lutamos para a preservação dos interesses pessoais, a revelia dos necessitados.
Nós somos o povo infiel. Mas assim como Oséias perdoou a infidelidade de Gomer e voltou para ela, Deus perdoa a infidelidade dos seus filhos e quer restaurar uma nova Aliança. “ Tu és meu povo!” E ele responderá: “Tu és o meu Deus!”