“Quanto me oprimiram desde a juventude!” (1). Contida neste lamento profundo há a lembrança de toda a trajetória do povo de Israel, desde o tempo de escravidão no Egito até a luta contra os inimigos de Sião (Jerusalém) que os queriam explorar e oprimir. Entretanto a confiança em Deus foi maior do que todo o sofrimento e garantiu a vitória: “nunca puderam comigo!” (2).
O salmista então suplica que os injustos não criem raízes, não prosperem na história e nem “os passantes digam: Javé abençoe vocês!” (8a) como outrora diziam os viajantes aos plantadores diante dos campos floridos, cf. está escrito no livro de Rute (Rt 2, 4). Sobre o povo, fiel e perseverante, recaia a benção do sacerdote: “Nós abençoamos vocês em nome de Javé” (8b).
A luta contra a opressão e a injustiça prossegue ao longo do tempo, exigindo do cristão, vigilância constante e persistência fundamentada na confiança inabalável de que a vitória final é de Deus; bem disse Jesus: “No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo! Digo-vos isso para que tenham a minha paz.” (Jo 16, 33)