No Antigo Testamento, acreditava-se que as doenças eram consequências dos pecados cometidos pelas próprias pessoas ou pelos seus pais.
Neste salmo, o salmista doente reconhece nos sofrimentos o castigo do seu pecado. Por isso, afirma nos versículos 18 e 19: “Pois estou para cair e tenho sempre ante meus olhos a minha pena, confesso minha culpa, meu pecado me provoca ânsias”.
Mas, mesmo com este pensamento equivocado sobre o mistério do sofrimento humano, o salmista possui firme esperança no perdão de Deus e implora a sua misericórdia, conforme versículos 22 e 23: ”Não me abandones, Senhor, meu Deus, não fique longe de mim; vem depressa em meu auxílio, Senhor, minha salvação”.
O versículo 23 inspirou uma das frases da oração introdutória da Liturgia das Horas e uma das mais utilizadas nas liturgias católicas em razão da sua beleza e profundidade. Em momentos difíceis, de dor ou doença, repitamos sempre esta oração:
- Vinde, ó Deus em meu auxílio.
- Socorrei-me sem demora!