Segundo a classificação dos salmos, este é um salmo real, porque a figura central é o rei. Foi escrito por alguém que desejava homenagear o rei no dia de seu casamento; começa com uma dedicatória (2), elogios (3) e recomendações para o uso de três objetos emblemáticos: a espada= guerra, o cetro = governo e o trono = dinastia (4-7).
Reconhece o salmista a presença de Deus na pessoa do rei, conforme a perpetuidade do trono prometida a Davi (2Sm 7,13), dizendo: “Seu trono é de Deus, e permanece para sempre!” (7); ele o abençoou (3) e o ungiu (8).
A história prossegue (9-16): um rei belo e justo vai casar. Tem várias pretendentes, e se apaixona por uma. As demais se retiram e esta é conduzida ao rei, que a espera junto à rainha-mãe para a cerimônia. O salmista profetiza a vinda de filhos e de um sucessor.
Ao refletirmos sobre a leitura desse Salmo, constatamos o quão distante estamos desta admiração e entusiasmo pelas autoridades políticas de nossos tempos... mas também, devemos tomar consciência de quão poucos são aqueles que intercedem por essas autoridades e clamam para que a vontade de Deus se realize nas decisões sobre o destino do país e de seu povo.